Marcos Montes participou de seu primeiro encontro com a bancada ruralista depois de assumir o cargo

O ministro da Agricultura, Marcos Montes, afirmou hoje (5/4) que espera trabalhar pelo avanço do projeto de lei 191/2020, que trata da mineração em terras indígenas de itens como os usados pela indústria de fertilizantes. “É um assunto muito importante. Precisamos acelerar esse processo, fazer com que as coisas sejam mais práticas e menos burocráticas”, afirmou ele à imprensa.

Em uma de suas primeiras agendas como ministro, Montes foi nesta terça-feira à sede da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), onde discute as pautas que assumiu após substituir Tereza Cristina no ministério. “Tenho certeza que terei nessa casa um complemento, uma ajuda, as mãos dadas para a gente poder ajudar o presidente Bolsonaro a cumprir esse mandato como ele vem cumprindo até agora, principalmente no setor do agro”, disse.

WhatsApp Image 2022 04 05 at 14.34.01 - Ministro da Agricultura defende mineração em terras indígenas -

A ex-ministra Tereza Cristina também já havia declarado ser favorável à proposta. Um grupo de indígenas, que participa de um movimento em Brasília nesta semana, está na sede da bancada ruralista para conversar com Marcos Montes.

O ministro citou que a crise dos fertilizantes “não é uma situação confortável”. Ele deve viajar em maio para alguns países produtores dos insumos.

O presidente da FPA, deputado Sérgio Souza (MDB-PR), disse que o governo “não para” com a mudança de titular no ministério e que continua no “mesmo passo largo”. O parlamentar listou problemas que precisam ser resolvidos no curto prazo, como a recomposição do orçamento do Plano Safra atual e a busca por recursos para equalizar os juros dos produtores que foram afetados pela seca.

Na semana passada, o governo abriu crédito extraordinário de R$ 1,2 bilhão para concessão de rebates (descontos) de até 35,2% nas parcelas dos agricultores prejudicados pelo clima. O saldo remanescente da prestação, no entanto, poderá ser parcelado caso o produtor não tenha condições de pagamento. Para isso ocorrer, no entanto, será necessário novo aporte orçamentário.

Fonte: Valor Econômico

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