Sérgio Souza sugere à Embrapa projeto de IA para automatizar a análise, validação e regularização do CAR

O deputado federal Sérgio Souza (MDB-PR) teve recente reunião com a presidente da Embrapa, Silvia Massarruhá, representantes da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e da Federação da Agricultura do Estado do Paraná, entre eles o presidente da Faep, Ágide Eduardo Meneguette. O objetivo do encontro foi sugerir à Embrapa a realização de um estudo visando à elaboração de projeto de inovação tecnológica, com a utilização de Inteligência Artificial, capaz de automatizar a análise, validação e regularização do Cadastro Ambiental Rural (CAR).

“O cadastro é instrumento essencial para a gestão ambiental e territorial do Brasil, permitindo a identificação e monitoramento de áreas de preservação permanente, reservas legais e usos restritos. Mas, a análise dos registros cadastrados esbarra em uma série de desafios, como a grande quantidade de dados a serem processados, a necessidade de georreferenciamento, e a morosidade na validação dos cadastros que hoje é feita manualmente por servidores’, explicou o parlamentar.

O CAR é um registro eletrônico obrigatório para os imóveis rurais no Brasil, criado pelo Código Florestal. Seu objetivo é criar um banco de dados com informações ambientais das propriedades, como área de reserva legal, áreas de preservação permanente (APPs), remanescentes de vegetação nativa e áreas de uso consolidado. O georreferenciamento é o processo de identificação e registro da localização, forma e dimensões de um imóvel rural, utilizando dados geográficos precisos.

Embrapa2 250x300 - Sérgio Souza sugere à Embrapa projeto de IA para automatizar a análise, validação e regularização do CAR — Sérgio Souza, Silvia Massruhá e Ágide Meneguette na Embrapa. Foto: Faep

Sérgio Souza defende que a aplicação de tecnologias avançadas pode proporcionar benefícios significativos para o setor, permitindo a automatização da análise dos cadastros, reduzindo o tempo de processamento e aumentando a eficiência da validação; a integração de dados geoespaciais, garantindo maior precisão na identificação de áreas de preservação e uso agrícola sustentável; a redução de custos operacionais, otimizando os recursos humanos e financeiros dos órgãos responsáveis; e a transparência e fiscalização aprimorada, facilitando o acompanhamento de irregularidades e promovendo maior conformidade ambiental.

“A Embrapa, como referência nacional e internacional em pesquisa agropecuária e inovação tecnológica, possui competência técnica para conduzir estudos sobre a viabilidade e implementação dessa inciativa. Os proprietários enfrentam desafios técnicos, problemas burocráticos, e altos custos que impactam diretamente a segurança jurídica de suas terras”, disse Sérgio Souza, concluindo:

“Precisamos pensar em soluções que afastem os riscos à sustentabilidade ao setor agropecuário. Temos certeza que a Embrapa poderá estruturar uma iniciativa pioneira, que alinhe tecnologia, meio ambiente e produção rural, promovendo um Cadastro Ambiental Rural mais eficiente, ágil e acessível para todos os produtores.

Por Patrícia Fahlbusch, jornalista.
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