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Com uma contribuição de R$ 2,4 milhões, o grupo JBS – que detém a marca Friboi – foi o maior doador da campanha do senador Roberto Requião (PMDB) nas eleições de 2014, quando tentou seu quarto mandato de governador. Envolvido agora na Operação Carne Fraca, que flagrou relações promíscuas entre frigoríficos e agentes da fiscalização sanitária do ministério da Agricultura, o JBS é pródigo em contribuições: não escolhe cargos ou partidos.
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Na mesma eleição, a senadora Gleisi Hoffmann (PT), que também disputou o governo na mesma eleição, recebeu R$ 8,6 milhões da Friboi. Beto Richa, reeleito, foi o menos beneficiado, tendo registrado doação de R$ 1 milhão feita pelo grupo, conforme consta na lista pública do TSE. No seu caso, a generosidade maior foi do banco BTG/Pactual, que lhe deu R$ 2 milhões.
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Requião prega cadeia para todos os envolvidos – sejam fiscais ou empresários – metidos na maracutaia. Usa a Operação Carne Fraca como exemplo de abuso de autoridade – objeto da proposta em tramitação no Senado, da qual é relator, e que prevê punição para membros do Ministério Público, das polícias e até mesmo para juízes.
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Richa teve outra postura: manteve-se silente diante do caos que atingiu a pecuária e a agroindústria paranaenses, fontes de grande fatia da receita estadual. Nem sequer acompanhou o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, na inspeção a um frigorífico da JBS na Lapa, na terça-feira (21).
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Todas as doações do JBS a Requião chegaram a ele via diretório nacional do PMDB – mesma situação de que penam os deputados Dilceu Sperafico (PP, R$ 930 mil), Sérgio Souza e Hermes Parcianello, ambos do PMDB e que receberam R$ 200 mil e R$ 150 mil.
Fonte: Coluna do Celso Nascimento – Gazeta do Povo