O ex-vice-presidente da empresa Engevix, Gerson de Mello Almada, se reservou ao direito de permanecer em silêncio durante a sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Fundos de Pensão, nesta terça-feira (22/09).
Ele foi convocado como testemunha para explicar transações financeiras entre a empresa e os Fundos de Pensão investigados pela CPI.
Logo no início, Almada destacou que “respeita a Comissão e o trabalho que ela está
desenvolvendo. A repercussão das afirmações aqui formuladas em depoimento pode vir a prejudicar o exercício de sua defesa nas ações penais”, destacou o executivo.
Gerson de Mello Almada foi preso em 2014 pela operação Lava Jato sob suspeitas de formação de cartel e corrupção. Após obter um habeas corpus, Almada cumpre hoje, prisão domiciliar.
O relator deputado Sérgio Souza (PMDB-PR), pediu para que o depoente colaborasse apenas nos assuntos de interesse dos fundos, sem se pronunciar sobre aqueles que ele julgava ter relação com a Lava Jato.
“O senhor pode nos ajudar com dados importantíssimos para nossas investigações. Nos ajude a entender o motivo pelo qual muita
s pessoas foram prejudicadas”, falou Souza.
Em resposta, Gerson apenas disse que: “ a extensão da Lava Jato é ampla, não há como se limitar apenas a um assunto sem que outro interfira, por isso, gostaria de permanecer em silêncio, porque todos os assuntos estão envolvidos com a operação Lava-Jato. ”
Além do relator, outros deputados tentaram convencer o depoente para colaborar com as investigações. Ele, entretanto, permaneceu em silêncio.