Os requerimentos para convocação do doleiro Alberto Youssef, preso pela Operação Lava Jato e do empresário Eike Batista foram aprovados nesta quinta-feira (24/9), na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Fundos de Pensão. Eles terão que explicar possível relação com empresas citadas na investigação.
Os parlamentares fizeram um acordo para que as aprovações ocorressem em bloco e não requerimentos em separado. Alguns deputados queriam votações individuais, porém, na pauta da sessão constavam 91 requerimentos e isso poderia estender o horário de análise dos pedidos.
Para o relator da CPI, deputado Sérgio Souza (PMDB-PR), a análise individual atrasaria os trabalhos. “É nítido que aqui temos interesses de partidos, de políticos, mas não podemos esquecer que é uma Casa de representação do povo. Todas as pessoas que contribuíram com os fundos e se sentem lesadas, esperam uma resposta desta comissão”, afirmou Souza.
Não ficou definida durante a reunião, uma data para que Youssef e Eike Batista deponham. Na próxima terça-feira (28/9) a CPI ouvirá o presidente e diretor da empresa BNY Mellon, Eduardo Koelle e Carlos Augusto Salamonde.
“Ao que nos parece, este cidadão (Youssef) tem ligações com todas as grandes operações financeiras que envolveram o Governo Federal. Seu nome já foi citado várias vezes na CPI e está no momento de ouvi-lo”, disse o relator Sérgio Souza.
Sobre a convocação de Eike, o deputado explicou: “As empresas dele (Eike) causaram grandes prejuízos a investidores brasileiros, na medida em que vários fundos investiram em suas empresas, sua oitiva se torna necessária”.