Esse é um número que vem crescendo a cada dia. Uma em cada três propriedades rurais do país é comandada por mulheres. Os dados são da Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio (ABMRA) e antecedem as informações do Censo Agropecuário, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que deve ficar pronto este ano.
Com o aumento na produtividade e o uso de novas tecnologias, o número de mulheres que ocupam funções de chefia no campo passou de 10%, em 2013, para 30% no ano passado. Essa mudança se deve também ao investimento das mulheres em se capacitar. Uma em cada quatro tem formação superior. Já entre os homens, esse número é de um em cada cinco.
Para o deputado Sérgio Souza (PMDB-PR), a pesquisa mostra um cenário bem interessante. “O crescimento do agronegócio vem trazendo uma nova roupagem ao campo. Um lugar que antes era estritamente masculino passa a ser dominado pelas mulheres. Isso faz com que as políticas do campo também tomem um novo caminho”, avaliou o parlamentar.
Ele explica que, como visita bastante os municípios todas as semanas, já tinha notado essa alteração. “Já tinha percebido o domínio das mulheres no campo. Tanto que lutei para manter a aposentadoria das mulheres do campo sem alteração”, disse, referindo-se ao projeto de Reforma da Previdência, que tramita na Câmara dos Deputados.
A pesquisa revela, ainda, um outro dado bem interessante. Embora os homens sejam a maioria dos entrevistados, para 81% dos agricultores e pecuaristas, a participação das mulheres é vital ou muito importante para a gestão do negócio.
O levantamento foi feito ao longo de 2017 com 2.090 agricultores e 717 pecuaristas de 15 Estados.
Leia matéria completa aqui.