Deputado Rodrigo Pacheco teve candidatura fulminada
Sérgio Souza, do Paraná, é nova opção entre deputados
Senadores também já reivindicam direito à indicação
Publicamente, os líderes do PMDB na Câmara, Baleia Rossi (SP), e no Senado, Renan Calheiros (AL), dizem que não têm interesse em disputar a vaga de ministro da Justiça aberta com a desistência do último convidado, o ex-ministro do STF Carlos Velloso.
Mas ambos deixaram claro ao Palácio do Planalto que estão “nas mãos da bancada”. Ou seja, do grau de pressão que sofram de deputados e senadores do PMDB para indicar nomes ao presidente Michel Temer.
A princípio, a bancada da Câmara tem primazia, já que disputou o posto com o próprio Carlos Velloso. O deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG) chegou a estar praticamente escolhido. Mas o Planalto fulminou sua indicação promovendo uma reportagem no “Jornal Nacional” da TV Globo.
O âncora William Bonner apresentou o deputado como “reconhecidamente 1 crítico do poder de investigação do Ministério Público, 1 poder que tem sido fundamental em operações como a Lava Jato”. E mostrou imagens do deputado declarando coisas como “a delação premiada, que é tão festejada hoje, na minha modesta opinião, tem sido banalizada” e “nossa Constituição define que não cabe ao Ministério Público investigar”.
Outro nome cotado chegou a ser o do deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR). Mas ele participou de uma rebelião contra o Planalto na escolha do vice-presidente da Câmara, o que diminui sua cotação.
A vantagem de Serraglio era o fato de ser paranaense. Sua posse como ministro abriria vaga na Câmara para o primeiro suplente, Rodrigo Rocha Loures. Trata-se do assessor especial da Presidência da República, homem da confiança pessoal de Temer.
Daí porque ganhou força 1 terceiro nome da bancada do PMDB paranaense: o deputado Sérgio Souza. Ele possui 1 escritório de advocacia em sociedade com o filho do ex-governador Orlando Pessuti, seu padrinho político.
Mas os senadores do PMDB também estão de olho na vaga de ministro da Justiça. “Sinceramente não acho que necessariamente essa vaga tenha que ser preenchida por indicação dos deputados do PMDB. O partido tem bons nomes no Senado que dariam bons ministros da Justiça”, afirma o senador Hélio José (PMDB-DF).
Ele jura que não queria o posto para si: “Temos muito nomes de peso aqui, como o Garibaldi Alves (RN), a Simone Tebet (MT) e vários outros”.
Fonte: Poder360