Agricultor Rural Tomaz Silva  300x179 - Deputado Sergio Souza e FPA destacam importância do acesso à internet no campo. Confira as novidades anunciadas para a área essa semana
Levar internet a regiões rurais e assentamentos é necessário, destacam representantes do Agronegócio. Foto de Tomaz Silva/Agência Brasil

 

Agregar valor à produção do campo no Brasil por meio da tecnologia é parte da estratégia de trabalho de representantes dos poderes executivo e legislativo nacionais. E, nesta semana, na cerimônia de comemoração dos 20 anos do Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações, o Funttel, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, enfatizou, durante discurso, que a inclusão digital nos assentamentos rurais e áreas agrícolas é fundamental para a revolução da agricultura rural. Segundo ela, é necessário levar informações às pessoas que vivem nessas unidades para fazer a diferença na vida delas. No Brasil há 7,7 mil assentamentos.

“A conectividade no campo será uma grande revolução que este governo deixará para a população rural, principalmente para os assentados”, afirmou a ministra, que destacou a parceria da pasta comandada por ela com o Ministério das Comunicações. Durante o evento de aniversário do Funttel, foi anunciada a liberação de R$ 409 milhões para o desenvolvimento e a ampliação da utilização de tecnologias do conceito ‘Internet das Coisas’ em sistemas agrícolas, de transporte, saúde, segurança e soluções para a internet 5G. O objetivo do Funttel é estimular o processo de inovação tecnológica, incentivar a capacitação de recursos humanos, fomentar a geração de empregos e promover o acesso de pequenas e médias empresas a recursos de capital visando ampliar a competitividade da indústria brasileira de telecomunicações.

Quem faz coro com a declaração da ministra é o deputado federal paranaense Sergio Souza (MDB), vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, que vem viabilizando, junto à esfera federal, a instalação de pontos de internet em regiões rurais do Paraná. A demanda do parlamentar já ultrapassa 100 pontos.

“O acesso à Internet leva conteúdo, informação, conhecimento de qualidade ao produtor rural do interior do Paraná, zonas onde a inclusão digital ainda precisa de avanços para atingir essa população trabalhadora que necessita estar em sintonia com todo o nosso estado e com o Brasil. O homem do campo e sua família devem saber quais são as novidades do seu segmento, como podem melhorar, evoluir, gerar melhores resultados. Estamos atuando firmes para a tecnologia se torne uma realidade mais freqüente na vida do empreendedor rural”, declarou Sergio Souza.

Também essa semana, o Senado aprovou o PL 172/2020 que autoriza a utilização dos recursos do Fundo de Universalização das Telecomunicações, o Fust, para levar internet a áreas urbanas e rurais, especialmente as de menor Índice de Desenvolvimento Humano. De acordo com a Frente Parlamentar da Agropecuária, a sugestão é tornar o fundo uma garantia para o financiamento de consórcios de produtores para investimentos em fibra ótica, torre ou satélite, em diversas partes do país. Como o custo de instalação de uma rede é alto, a FPA chama a atenção para a inviabilidade de financiamento por propriedade, e sim um sistema de consórcio ou cooperativa.

Atualmente, o Fust disse de cerca de R$ 20 bilhões, sem uso, porque a legislação determina que o fundo deve atender à ampliação da rede de telefonia fixa, instalação e reparo de orelhões.

“A conectividade vai representar nas lavouras como a água, o sol, a qualidade na semente, o manejo, o solo. Não há como trabalhar sem ela”, afirmou o presidente da FPA, Deputado Alceu Moreira. Como o PL já passou pela Câmara e não sofreu alteração no Senado, o texto seguiu para sanção presidencial.

Conectividade no campo gera:

Modernização da produção; 

Aumento da produtividade, da competitividade e da eficiência;

Redução de custos;

Segurança da propriedade à distância;

Diminuir a desigualdade social.

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