Uma pesquisa divulgada pela Genial/Quaest aponta o aumento da desaprovação do trabalho do governo, um dos fatores foi a alta no preço dos alimentos

Segundo o levantamento da Genial/ Quest, aprovação do trabalho do governo caiu de 54% para 51% em fevereiro, o resultado foi definido principalmente pela avaliação dos evangélicos, influenciados pela guerra entre Israel e Hamas, e pelas percepções dos eleitores sobre a economia. Outro fator que pesou na avaliação foi a percepção do preço dos alimentos. Três em cada quatro participantes sentiram alta nos valores da comida. Para 73% dos entrevistados, o preço da comida subiu. Aqueles que citaram alta nas contas passaram de 58% para 63% desde o último levantamento. O deputado Sérgio Souza (MDB-PR) avalia que a alta nos preços está ligada diretamente ao aumento dos impostos e ao elevado custo de produção.

“O povo está sentindo que está mais caro, porque realmente está mais caro. Tem mais impostos na comida. E se olharmos para os dados divulgados pela Receita Federal, em Janeiro o governo arrecadou cerca 6 bilhões a mais se comparado ao mesmo período do ano passado, mas não foi a economia que cresceu tudo isso, e sim um aumento de impostos, que cresceu consideravelmente”.

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O deputado explicou que o preço de venda dos alimentos para o produtor rural caiu, como a saca da soja e do milho, do trigo e seus derivados. Mas os gastos para produzir só aumentaram. “Hoje nós comercializamos uma saca de soja a R$100,00 que antes era comercializada por R$150,00. Esse é o problema, vem uma crise por aí e o produtor não vai conseguir nem pagar os seus investimentos, o que pode desencadear uma pré-recessão, devido à queda dos preços e à elevação no custo de produção.

Já para o analista político e econômico Miguel Daoud, a queda na expectativa traz complicações negativas não só para o governo, mas também para os investimentos. “Essa crise no campo é algo gravíssimo, pois quando olhamos para os 25% do PIB que vêm da agropecuária, incluindo a indústria e sabemos que estão ligados diretamente ao campo e você tem uma paralisação nesse setor, sem dúvida nenhuma vamos acabar tendo problemas como nós já estamos vendo”, pontuou.

O deputado Sérgio Souza reforçou que a Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) está trabalhando nas pautas que visem reduzir os custos de produção e na articulação em busca de soluções para o problema, como a prorrogação das dívidas de custeio e a liberação de financiamento para o setor agropecuário.

Assessoria de Imprensa

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