SÃO PAULO – (Atualizada às 10h26) Pela quarta semana consecutiva, melhorou a expectativa dos analistas de mercado para a inflação deste ano, segundo informações do boletim Focus, do Banco Central (BC), divulgado nesta segunda-feira.
A mediana das previsões para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu levemente, de 4,71% para 4,70%. Há quatro semanas, a previsão era de 4,87%. Em 12 meses, a estimativa subiu de 4,74% para 4,76%. A expectativa para 2018 segue em 4,50% há 27 semanas.
Quanto aos juros, depois de ajustar a projeção para baixo acompanhando o corte de 0,75 ponto percentual na Selic este mês, os analistas de mercado mantiveram a expectativa de que a taxa chegue ao fim deste ano em 9,50%. A Selic está, atualmente, em 13%. A mediana para o fim de 2018 caiu, de 9,38% para 9%.
Os analistas do grupo Top 5 de médio prazo não alteraram suas previsões. A projeção para o IPCA deste ano segue em 4,45% e, a do próximo, em 4,5%. A Selic deve chegar a 9,50% ao fim de 2017 e permanecer neste nível até o fim de 2018, segundo as expectativas desse grupo.
Atividade
Não houve mudança também nas previsões para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), de 0,50% em 2017 e 2,20% em 2018. As expectativas para a produção industrial seguiram em alta de 1% e de 2,10%, respectivamente.
Inflação no longo prazo
A expectativa dos agentes de mercado para a inflação no longo prazo melhorou na última semana. A mediana das projeções para 2019 a 2020 seguem em 4,50%, mas para 2021 caiu desse nível para 4,47%, segundo o relatório Focus, do Banco Central.
As projeções para aquele ano começaram a aparecer no relatório há pouco mais de duas semanas, em 11 de janeiro. Logo depois, a mediana recuou para 4,49% e, agora, para 4,47%, um sinal de que as expectativas de inflação estão ancoradas também no longo prazo.
Fonte: Valor Econômico