As exportações brasileiras não sentiram os efeitos da pandemia do novo coronavírus. Em maio, por exemplo, a venda de produtos para fora do Brasil aumentou 5,6% em relação ao mesmo mês de 2019, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia. No acumulado do ano, a alta foi de 1,7%.
O maior parceiro comercial, em 2020, é a China. O país asiático comprou 11,3% a mais do Brasil este ano. O principal produto negociado foi a soja, seja em grão ou farelo. Especialistas creditam o aumento dos negócios às dificuldades enfrentadas pelos Estados Unidos com a Covid-19. Isto porque o acordo comercial entre chineses e americanos não está em pleno funcionamento devido ao novo coronavírus, o que beneficiou produtores brasileiros.
No ano, as exportações para países da União Europeia caíram 3,5%. O bloco europeu sempre configurou entre os maiores compradores de produtos do Brasil. No entanto, as exportações para o Velho Continente foram afetadas diretamente pela Covid-19. Alguns países chegaram a decretar lockdown por conta da crise sanitária, o que influenciou no consumo de seus cidadãos.
Exportações
Depois da soja, que teve 15,5 milhões de toneladas embarcadas em maio, o petróleo em bruto (8,4 milhões de toneladas), açúcares e melaço (2,7 milhões de toneladas), farelo de soja (2 milhões de toneladas), óleos combustíveis (1,6 milhão de toneladas), alumina (789 mil toneladas), carne de aves (373 mil toneladas), carne bovina (155 mil toneladas) e café (216 mil toneladas) completam a lista dos produtos mais vendidos.
Como vem sendo há décadas, o agronegócio é o maior indutor da economia e, consequentemente, o grande responsável pelo saldo positivo da balança comercial brasileira. “Nossa vocação é o agro. O Brasil é responsável pela alimentação de boa parte da população mundial. Em todo estudo sobre economia, o agro estará em primeiro lugar em negociações”, salientou o vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal Sérgio Souza (MDB-PR).
Veja o mapa dos maiores compradores brasileiros por Estado