A comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados aprovou, em março de 2017, a proposta que barra a importação de café do Peru. O deputado federal Sérgio Souza, como presidente da comissão, foi um dos parlamentares que mais defendeu o protecionismo do setor.
Conhecido como Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 383/16, o dispositivo susta a resolução 1/16 do Ministério da Agricultura que libera a compra do produto peruano e permite a entrada de grãos verdes do café, que seriam torrados, além de receberem outros benefícios, para a comercialização no Brasil.
“O objetivo dessa proposta é defender os cafeicultores brasileiros de possíveis crises econômicas. O produto peruano chegaria no Brasil por um preço mais baixo do que o nosso. Isso afetaria, principalmente, os pequenos produtores O Brasil é o maior exportador de café do mundo e os produtores vêm enfrentando nos últimos períodos dificuldades decorrentes das crises de excesso de oferta, que resultaram em preços abaixo dos custos de produção”, explicou Sérgio Souza.
Os países concorrentes são muitas vezes mais competitivos em função da inobservância de aspectos relacionados ao meio ambiente e às questões sociais que a atividade precisa observar e respeitar. Os cafeicultores brasileiros vem investindo constantemente na busca de eficiência produtiva, na redução dos custos de produção, na busca incessante pela obtenção de café de melhor e reconhecida qualidade.
A cafeicultura brasileira é responsável pela geração de 8,4 milhões de empregos e, além disto, uma parcela significativa dos cafés do Brasil é produzida pela monocultura de pequena escala, desenvolvida em mais de 196 mil estabelecimentos da agricultura familiar, distribuídos em 1.468 municípios brasileiros.