O empresário Claudio Augusto Mente se defendeu nesta terça-feira (3/11) em depoimento a CPI dos Fundos de Pensão, das acusações feitas por Carlos Alberto Pereira de Costa – braço direito do doleiro Alberto Youssef -, de que Mente teria pagado propina aos dirigentes dos fundos de pensão dos funcionários da Petrobras (Petros).

IMG 7991 1024x683 - CPI dos Fundos: “Vaccari está sendo mal interpretado”, afirmou empresário acusado de pagamento de propina

A direita, o empresário Claudio Augusto Mente

Mente se dispôs a participar de uma acareação com Costa e a abrir seus sigilos fiscais, bancário e telefônico. O depoente negou qualquer tipo de negócio com Youssef, mas afirmou ser amigo próximo do ex-tesoreiro do Partido dos Trabalhadores (PT), João Vaccari Neto.

Ao ser questionado sobre tráfico de influência, Mente respondeu: “Nunca ouvi falar de influência política em fundos de pensão. Não acredito nisso”. Sobre o amigo Vaccari, o depoente disse que “ele está sendo mal interpretado”. Para encerrar, Mente confirmou que fez um empréstimo de R$ 400 mil ao ex-tesoreiro do PT e que recebeu R$ 500 mil para estruturar financeiramente a Petros.

Postalis
O ex-diretor financeiro do Instituto de Seguridade Social dos Correios e Telégrafos (Postalis) Adilson Florêncio da Costa prestou depoimento logo em seguida. Costa disse que considera ter feito uma boa gestão à frente do fundo. O depoente responde a 24 autos de infração na Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), mas para ele isso “não significa ser um mau gestor”.

Costa afirmou que não se lembra dos prejuízos que sua gestão causou aos fundos e foi criticado pelo relator, deputado federal Sérgio Souza (PMDB-PR). “O senhor lembra de informações de 1986 e não se lembra de fatos de quatro anos atrás?”, questionou o parlamentar.

Reconheceu amizade com Alexej Predtechensky, ex-presidente da Postalis. A residência em que mora hoje, em Brasília, foi comprada de Alexej por R$ 1,1 milhão. Segundo Costa, transferência bancária e cheque foram as formas de pagamento na transição.

Ao fim do depoimento, o ex-diretor financeiro entregou a CPI um relatório do grupo Galileo, empresa da qual trabalhou como conselheiro assim que saiu da Postalis.

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