As investigações realizadas pela CPI dos Fundos de Pensão da Câmara dos Deputados, em 2016, levaram à criação de uma Força-Tarefa entre Ministério Público Federal e Polícia Federal. A Operação Greenfield foi deflagrada para tentar reaver o dinheiros dos participantes da Previ, Funcef, Postalis e Petros e indicar os responsáveis pelas fraudes.
Após dois anos e meio de muito trabalho, a Força-Tarefa denunciou na quarta-feira (17/07) 12 pessoas por corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro envolvendo o Postalis, Fundo de Pensão dos Correios. Os crimes ocorreram entre 2010 e 2011 durante a compra, pelo Fundo, de títulos oferecidos pela empresa JHSF Participações e pelo Banco Cruzeiro do Sul.
De acordo com as investigações, durante a negociação houve pagamento de propina de, no mínimo, R$ 2.729.835,13 a Alexej Predtechensky, ex-presidente do Postalis; Ricardo Oliveira, ex-diretor financeiro; Adilson Florêncio da Costa, ex-diretor executivo e Nelson Luiz de Oliveira, então diretor dos Correios. O valor atualizado ultrapassa os R$ 4 milhões.
Nomes conhecidos
Dos nomes divulgados pela Força-Tarefa, três tiveram pedidos de indiciamentos feito pelo relatório final da CPI dos Fundos de Pensão, de autoria do deputado federal Sérgio Souza (MDB-PR). Alexej Predtechensky é apontado como responsável em diversas fraudes como, por exemplo, nas relações do Postalis com o Banco BVA, BNY Mellon, da Usina Canabrava, entre outros. Já Adilson Florêncio da Costa e Ricardo Oliveira também aparecem em casos suspeitos de corrupção apontados pelas investigações da CPI.
De acordo com Sérgio Souza, o trabalho desempenhado pelos parlamentares foi exemplar. “Nós buscamos parcerias com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal desde o início. A Operação Greenfield não é um acaso. Ela teve origem dentro da Câmara dos Deputados, quando investigamos as gestões desses Fundos nesta CPI”, relembrou.