Engajado com as causas do campo, o deputado federal Sérgio Souza (PMDB-PR), participou nesta quinta-feira (8/10) da audiência pública na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Capadr). Na reunião foram discutidas as consequências e medidas sobre o destino das fazendas invadidas no Paraná.
Na ocasião, o parlamentar enfatizou a importância da ação do estado para a segurança das terras invadidas: “Vivemos em um país democrático de direito a bens, se o estado não cumpre o seu papel de regulamentação das moradias, cabe a nós recorrer ao poder judiciário e suas competências. Temos que garantir o direito às propriedades da população do nosso Brasil”, explicou Souza.
O caso
As ocupações no Paraná são comandadas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que invadiram áreas rurais em Quedas do Iguaçu, Espigão Alto do Iguaçu, Laranjeiras do Sul e Rio Bonito do Iguaçu, no Centro-Sul do Estado.
O autor do requerimento, deputado federal Alfredo Kaefer disse que “nos últimos anos, a situação das invasões de terras no Paraná têm tomado conta da mídia estadual trazendo insegurança para toda a sociedade paranaense”.
Segundo matéria do jornal Gazeta do Povo, publicada em 17 de agosto de 2014, a empresa Araupel teve dois terços – equivalente a mais de 50 mil hectares -, desapropriados para a reforma agrária, nos últimos 20 anos. Os assentamentos Ireno Alves, Celso Furtado e Marcos Freire saíram de terras pertencentes à empresa e juntos formam a maior área de assentamento da América Latina.
Entre os convidados, participaram da audiência: superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Paraná, Nilton Bezerra Guedes; secretário de Segurança Pública no Paraná, Wagner Mesquita; coordenador de mediações dos conflitos da terra da Secretaria de Segurança Pública do Paraná, Valdir Carvalho de Souza e o diretor da empresa Araupel S/A, Tarso Giacomet.