WhatsApp Image 2019 11 19 at 14.54.00 300x200 - Dados sobre desmatamento na Amazônia preocupam membros da Frente Agropecuária no Congresso
Sérgio Souza mostrou preocupação pois os dados podem afetar o agronegócio brasileiro

Atualizada às 18:03 de 20/11/2019

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) manifestou, nesta terça-feira (19), preocupação com relação aos dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) sobre o aumento considerável do desmatamento na floresta amazônica.

O vice-presidente da FPA e da Comissão Mista sobre Mudanças Climáticas (CMMC), deputado federal Sérgio Souza (MDB-PR), lembrou que o desmatamento ilegal vem sendo discutido pelos membros desde o início do ano. “Apresentamos um manifesto no início do ano, onde afirmamos ser contra o desmatamento e as queimadas ilegais, antes mesmo das queimadas na Amazônia iniciarem e tomarem o cenário da imprensa mundial”, esclareceu o emedebista.

Sérgio Souza revelou que com os novos dados divulgados pelo Inpe, os membros da FPA querem entender a verdadeira causa para o aumento das queimadas no país. Segundo ele, é preciso saber se esse desmatamento é legal ou ilegal. “Nas discussões internas aqui da FPA, nós podemos perceber que alguns pedidos para desmatamento legal chegam a demorar cinco, seis, sete anos para sair. Então, provavelmente não seja liberação de desmatamento legal que aumentou o desmatamento no Brasil. Talvez seja o desmatamento ilegal que esteja gerando esses resultados”, comentou.

Ministério do Meio Ambiente

Já nesta quarta-feira (20), membros da FPA se reuniram com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. No encontro, Salles se comprometeu em entregar aos membros do colegiado o mapa que pode identificar de onde estão vindo os desflorestamentos apontados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

De acordo com Sérgio Souza, para que o Congresso tome providências a respeito da situação é necessário conhecer de onde vem este aumento considerável. “Queremos esses dados para saber aonde está esse desmatamento. Está dentro de áreas de preservação permanente? Em propriedades privadas? Em reservas indígenas? Em unidade de conservação? Em assentamentos agrários? Qual percentual foi legal e ilegal? Precisamos de segurança jurídica”, afirmou.

Para ele, o agronegócio não pode carregar a culpa do desmatamento na Amazônia. “Não podemos deixar que quem fez algo ilegal fique carimbando o agronegócio como sendo vilão dessa situação”, concluiu Sérgio Souza.

Situação do desmatamento na Amazônia

De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), no período de agosto de 2018 a julho de 2019, o desmatamento da Amazônia Legal foi estimado em 9.762 quilômetros quadrados (km²). A área de vegetação nativa desmatada aumentou 29,54% em relação ao período anterior – de agosto de 2017 a julho de 2018. Os dados foram obtidos por imagens de satélite do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), que gera relatórios anuais.

Veja a reportagem

 

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