A sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Fundos de Pensão desta terça-feira (15/3), ouviu o ex-presidente do fundo de pensão dos Correios (Postalis), Antônio Conquista. O déficit da Postalis é superior a R$ 5 bilhões, acumulado desde 2012.
Apesar de não estar mais à frente do Postalis, Conquista garantiu que a governança do fundo foi aprimorada, por exemplo, que todos os investimentos passem pela análise da diretoria executiva – e não apenas pela diretoria financeira, como ocorria antes. Também destacou o maior aporte de investimentos em títulos públicos. “Estamos olhando para o futuro e colocando um colchão de liquidez para o fundo”, disse.
O relator da CPI, deputado federal Sérgio Souza (PMDB-PR), sinalizou que vai sugerir algum tipo de responsabilização dos gestores pela sucessão de rombos financeiros provocados pelo que chamou de “investimentos vergonhosos”.
Relatório
“São investimentos vergonhosos que deram prejuízo ao carteiro aposentado e a outros beneficiários do Postalis. Vai se chegar ao ponto de apontar a responsabilidade dos gestores por falhas na gestão e na fiscalização”, afirmou Souza. O relatório final da CPI deve ser apresentado em abril.
Na visão do relator, parte desse déficit do fundo é por causa do investimento sem retorno na Usina Canabrava (RJ), hoje sucateada; quase R$ 200 milhões na compra, de um terreno em Cajamar (SP) para a instalação de um centro operacional dos Correios; e R$ 75 milhões no grupo educacional Galileo (RJ), posteriormente descredenciado pelo Ministério da Educação.
Com informações da Agência Câmara