O ministro da Educação, Abraham Weintraub, retornou nesta quarta-feira (04) à Comissão de Finanças e Tributação (CFT) para esclarecer aos parlamentares a proposta do Programa Future-se, que pretende gerar mais recursos para universidades públicas. A reunião da semana anterior foi interrompida após o ministro precisar se ausentar para atender um chamado do Palácio do Planalto.
Para o presidente da CFT, deputado federal Sérgio Souza (MDB-PR), não se pode construir um país melhor sem priorizar a educação. “Eu acredito muito no nosso Brasil. Precisamos de uma educação de qualidade. Não podemos aceitar que uma universidade pública forme apenas cinco alunos. O custo é muito alto”, ponderou o parlamentar.
O programa, que passará pela análise dos membros da CFT, pretende promover parcerias das universidades públicas para facilitar na captação de mais recursos.
Weintraub foi questionado sobre a escolha de terceirizar com a implantação das Organizações Sociais (OSs) para gerenciar as universidades e o corte das bolsas para mestrado e doutorado. Para o ministro, a questão da corrupção nas OSs na saúde é preocupante, mas não atinge o setor educacional. “Estamos querendo utilizar as OSs ligadas à Educação e todas elas não tiveram nenhum caso de corrupção. Mas estamos muito receptivos a qualquer sugestão para melhorar a governança e evitar qualquer furo que tenha”, esclareceu.
Educação
Com relação aos cortes nas bolsas, o ministro explicou que todas foram muito bem estudadas. “Cortamos bolsas que estavam vazias, de cursos que estavam mal avaliados há mais de 10 anos e as que eram prontamente disponíveis para reitores ofertarem a quem quisessem. E, com isso, chegamos a uma situação muito mais confortável que a do CNPQ”, comentou Weintraub.
