O deputado federal Sérgio Souza (MDB-PR), vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), revelou nesta terça-feira (02) que está trabalhando em um projeto que vai mitigar os efeitos do gás metano produzido pela pecuária brasileira. A medida deve ajudar o país a cumprir todas as metas do Acordo de Paris.
Segundo o parlamentar, a ideia é construir uma nova política de redução dos efeitos da emissão do gás metano. “Nós já estamos trabalhando em parceria com a Embrapa, Ministérios da Agricultura, Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia. Este projeto vai cumprir sozinho as metas das emissões do Acordo de Paris independente das outras ações”, afirmou o idealizador da proposta, Sérgio Souza.
O paranaense disse, ainda, que em conversa com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, falou da importância de o Brasil mostrar que pode fazer além do que está no protocolo de Paris. “Hoje, os nossos instrumentos têm sido a implementação do Código Florestal, do Plano ABC e de algumas ações governamentais. Esse projeto vai mostrar que estamos trabalhando para cumprir as obrigações acordadas. E vamos fazer”, destacou.
Entenda a proposta
O gás metano, produzido pela produção de bovinos, é muito mais agressivo à Camada de Ozônio do que o Gás Carbono. “O metano tem uma ação muito mais rápida. E como somos o maior produtor de bovinos do planeta, com cerca de 230 milhões de cabeças de gado, tínhamos que encontrar uma solução para que a produção afetasse menos o meio ambiente”, explicou Sérgio Souza.
De acordo com o parlamentar, o metano produzido pelo arroto do boi será transformado em amônia. “O boi, ao digerir o pasto por meio dos seus três estômagos, poderá transformar metano em amônia por meio da alimentação. Essa amônia será transformada em proteína, ou seja, carne ou leite com maior eficiência. Isso reduzirá, inclusive, o prazo para abate”, comentou.