Não é novidade para ninguém que o agro sustenta a economia brasileira há anos. Prova disso está nos números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o Produto Interno Bruto do Brasil do primeiro trimestre de 2020. O agro foi o único segmento que apresentou crescimento, mesmo com a pandemia, de 0,6%.
Segundo o IBGE, se comparado ao mesmo período de 2019, a agropecuária teve avanço de 1,9%. O número foi puxado pela safra de soja, que bateu recordes em produtividade. Mas se por um lado o agro cresceu 1,9%, a economia brasileira como um todo teve contração de 1,5%.
Para o deputado federal Sérgio Souza (MDB-PR), vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), os números confirmam a posição estratégica do agro para o Brasil. “Não é novidade que o agro segure a economia. O agro não para. Os produtores rurais não param. O trabalho é feito diariamente, pois o alimento precisa chegar à mesa dos brasileiros”, explicou.
Futuro promissor
Levando-se em consideração todos os meses de 2020, o crescimento do setor agropecuário chega a 2,5%. E os números são animadores quando se olha para frente. A expectativa da produção da safra de grãos para 2019/20, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), é de 250,9 milhões de toneladas, um volume 3,6% superior ao colhido na safra 2018/19.
Toda produção conta ainda com novos mercados. Desde janeiro de 2019, foram mais de 60 mercados abertos para os mais variados produtos. A China, por exemplo, passou a importar fruta do Brasil, o melão. Todo o esforço refletirá positivamente nas exportações do agro, que em abril bateu recorde ao ultrapassar pela primeira vez os US$ 10 bilhões exportados em um mês.
