Para conter a alta do preço da soja e do milho (foto), além de garantir que não falte alimento nas prateleiras dos supermercados e na mesa das famílias, o Comitê-Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior zerou o imposto de importação desses produtos até 2021. A suspensão temporária para grão, farelo e óleo de soja valerá até 15 de janeiro. Já as importações brasileiras de milho sem pagamento de imposto irão até 31 de março. Segundo o Governo Federal, as datas não vão comprometer as vendas da próxima safra.
De acordo com a Confederação Nacional da Agricultura, a soja em grãos, o farelo de soja e o milho estão entre os cinco principais produtos exportados pelo Brasil durante o mês de setembro, junto com o açúcar de cana em bruto e a carne bovina in natura. Os cinco produtos somados representam mais da metade (55,4%) de toda a exportação nacional mensal. A soja em grãos lidera o ranking de produtos exportados entre os meses de janeiro e setembro. No período foi registrado acréscimo de US$ 5,9 bi em relação ao ano anterior.
No começo de setembro, o Governo Federal adotou medida semelhante, zerando o imposto de importação do arroz em casca até 31 de dezembro de 2020. O objetivo foi tentar conter a alta do preço do produto e evitar o desabastecimento.
Enquanto isso, no Paraná…
O Departamento de Economia Rural informou que, até o último dia 19, o plantio da primeira safra de milho no Paraná atingiu 86% da área total estimada, o que representa avanço de 8 pontos percentuais em comparação com os sete dias anteriores à data. O levantamento do Deral mostrou que 83% das lavouras estavam em boa condição de desenvolvimento, 15% em condição média, e 2% ruim. Em relação à soja, até o último dia 20, foram semeadas 32% da área de 5,543 milhões de hectares, o dobro do plantado na semana anterior, que era de 16%. O núcleo regional mais adiantado nessa safra é Pato Branco, que já semeou 80% da área de 322 mil hectares que possui.