20191002 151659 300x146 - Durante audiência pública, Inpe diz que queimadas no Brasil vem diminuindo nos últimos anos
Inpe revelou dados que comprovam diminuição de queimadas no país

Na contramão das notícias divulgadas nas últimas semanas em todo o mundo, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelou que as queimadas no país vêm diminuindo gradativamente nos últimos anos. A informação foi divulgada, nesta quarta-feira (03), durante audiência pública realizada pela Comissão Mista sobre Mudanças Climáticas (CMMC).

O vice-presidente do colegiado, deputado federal Sérgio Souza (MDB-PR), questionou o porquê dos dados que comprovam que as queimadas vêm diminuindo não são apresentadas de forma assertiva à população. “Esta imagem do Brasil que é difundida na Europa nos últimos meses não é uma verdade. Muito pelo contrário, é uma grande mentira. Temos que desmentir com dados que mostram que o Brasil é um dos países que mais preserva no planeta”, relatou.

De acordo com o diretor do Inpe, Policarpo Damião, há uma queda histórica das queimadas no Brasil. “A partir de 2000, a gente vê uma clara tendência de queda em termos de queimadas”, afirmou. Damião aproveitou para esclarecer a diferença de foco de queimada para queimada. “Quando a gente fala em foco de queimada, ele aparece no satélite como um pixel e, às vezes, eu tenho uma frente de queimada de vários quilômetros. Então, o mesmo incêndio, a mesma queimada vai apresentar dezenas, às vezes, centenas de focos de incêndios. Quando se fala em focos de incêndios não equivale ao número de incêndios. Isto porque o mesmo incêndio vai apresentar diversos focos”, explicou.

Sérgio Souza reforçou a ligação entre a agropecuária e o meio ambiente. “O setor produtivo está ligado umbilicalmente com a questão ambiental. Se não tiver um ambiente adequado em um regime de chuvas e de temperaturas nós não vamos ter produção de alimentos e nós vamos perder a nossa maior fonte de renda e de emprego no Brasil que é o setor agropecuário”, afirmou.

Para o parlamentar paranaense, o Brasil precisa se comunicar melhor. “Nenhum país do mundo tem uma legislação que obriga o produtor rural a conservar da forma que ele tem que fazer, com mecanismos de recuperação como agricultura de baixo carbono, plantio direto na palha, conservação de solo e agrosilvopastoril”, finalizou.

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