Presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), o deputado Sérgio Souza (MDB), defendeu nesta sexta-feira (26) a alocação de mais recursos no Plano Safra 2022/2023 para a ampliação e a modernização da atual infraestrutura de escoamento e armazenagem de grãos no país.
“Precisamos criar alternativas com segurança para que a gente possa oferecer ao produtor rural brasileiro mais alternativas de armazéns para cultivar as suas safras, aumentar sua produtividade e reduzir o custo de produção”, disse.
No mês passado, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) suspendeu temporariamente R$ 1,5 bilhão do total dos R$ 19,8 bilhões, que incluía a construção e ampliação de armazéns, nesta nova safra. A justificativa, segundo o Ministério da Agricultura, está em consonância com metodologia utilizada pelo Tesouro Nacional para o pagamento de equalização de taxas de juros.
Desta forma, o deputado Sérgio Souza acredita que não há esgotamento dos recursos do Plano Safra vigente, mas, que a suspensão deve ser revista para que sejam disponibilizados mais recursos para ampliação e construção de armazéns no país.
Segundo o parlamentar, hoje há quase 17 mil estruturas de armazenagem com uma capacidade estática de 178,46 milhões de toneladas para uma produção de grãos estimada em 271,45 milhões de toneladas. “O déficit é cerca de 90 milhões de toneladas, e o Centro-Oeste é a região com maiores dificuldades, embora estejam presentes em todo o país,” disse o deputado.
Para mudar este cenário, a FPA cobra políticas de crédito menos burocráticas, que possam viabilizar construções de silos nas fazendas. Sérgio Souza destaca ainda que o armazenamento é uma etapa fundamental para garantir tanto a conservação do produto, quanto a qualidade até que chegue ao consumidor final.
“Além de garantir o gerenciamento de risco de preços, uma vez que o produtor poderá armazenar seu produto e comercializá-lo em um momento mais oportuno. Isso reduz significativamente o congestionamento da cadeia de grãos ao longo da safra, período em que há maior oferta, assim como tendência à redução do preço, explica Sérgio Souza.”
A maior parte da armazenagem de grãos é feita em silos, que respondem por 49,5% da capacidade do país.
Fonte- Agência FPA