O deputado federal Sérgio Souza (MDB-PR) foi eleito nesta quarta-feira (16) presidente da Comissão Mista sobre Mudanças Climáticas (CMMC). O parlamentar informou que tem como missão promover ainda mais a sustentabilidade da agropecuária nacional.

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Deputado Sérgio Souza assume CMMC

Sérgio Souza lembrou de um estudo que foi apresentado pela revista Science, que tomou como base o “Earth Innovation Institute”, onde aponta o Brasil como o único país que conseguiu, ao mesmo tempo, aumentar a produção agropecuária e reduzir o desmatamento nos últimos anos. “A sociedade precisa conhecer a verdade. A agropecuária brasileira protege o meio ambiente. E esse estudo é a prova disso. De acordo com a publicação, desde 2006, os produtores brasileiros pouparam cerca de 86 mil quilômetros quadrados de floresta tropical na Amazônia, o que equivale a 14,3 milhões de campos de futebol”, enfatizou Sérgio Souza.

O parlamentar ressaltou, ainda, que o estudo revela que o Brasil é o país que mais reduz a emissão de dióxido de carbono (CO2) sem comprometer a atividade rural. “Esta constatação derruba muitas teorias contrárias ao desenvolvimento da agropecuária. O desmatamento da Amazônia caiu de 19,5 mil para ,8 mil quilômetros quadrados. Esse é um dado real, verídico”, desabafa.

Para o deputado paranaense, o novo Código Florestal Brasileiro foi um avanço no que diz respeito ao Programa de Regularização Ambiental (PRA), que fornece os compromissos do produtor rural em relação ao cumprimento da legislação ambiental, e ao Cadastro Ambiental Rural (CAR), que fornece uma fotografia do uso dos recursos naturais da propriedade. “O código colabora muito com a questão da sustentabilidade ambiental e para a diminuição das mudanças climáticas”, comentou Sérgio Souza.

Agricultura de Precisão

O novo presidente da CMMC acredita que a agropecuária pode fazer ainda mais pelo meio ambiente como, por exemplo, utilizar cada vez mais a agricultura de precisão. A atividade possibilita a realização da agricultura considerando as variações espaciais e temporais dos fatores de produção, utilizando recursos de produção nos locais e momentos adequados às necessidades do processo produtivo com aplicação dos insumos a taxas variáveis.

“É uma ferramenta que visa ao máximo a eficiência técnica e econômica da atividade, gerando maior sustentabilidade ambiental, por isso precisamos discutir, cada vez mais, formas de inserção deste instrumento na produção brasileira”, explicou Sérgio Souza.

RenovaBio

A valorização dos biocombustíveis é considerada pelo deputado Sérgio Souza outro fator importante às políticas de sustentabilidade ambiental e preservação do meio ambiente.

“O RenovaBio é uma política que pode levar o Brasil a uma nova era de investimentos em biocombustíveis e cumprir os compromissos climáticos nacionais até 2030. Esse é um tema que temos que discutir e estimular na CMMC, pois ele vai gerar sustentabilidade dos combustíveis, por meio de metas de redução de emissões de gases causadores do efeito estufa”, aponta.

Agricultura de Baixo Carbono (ABC)

O Programa de Agricultura de Baixo Carbono se faz por meio de financiamentos bancários que estimulam o produtor na adoção de atividades que possam contribuir para a produção de água, conservação de mananciais, práticas de conservação de solo, atitudes estas que visam garantir sustentabilidade no processo produtivo rural.

“Com certeza, o programa ajuda os produtores rurais a promover a ampliação da adoção de algumas tecnologias agropecuárias sustentáveis com alto potencial de mitigação das emissões de Efeito Estufa, com o uso da recuperação de pastagens degradadas, integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), Sistema de Plantio Direto (SPD), Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN), Florestas Plantadas e Tratamento de Dejetos Animais”, afirmou Sérgio Souza.

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