Uma grande notícia para os produtores rurais paranaenses. O Ministério da Agricultura suspendeu, nesta terça-feira (15), a vacinação da febre aftosa no Paraná. A Instrução Normativa 47/2019 foi assinada pela ministra Tereza Cristina em solenidade no Palácio Iguaçu, em Curitiba, e passa a valer em novembro.
Vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, o deputado federal Sérgio Souza (MDB-PR) comemorou a conquista. Segundo ele, a criação responsável realizada pelos produtores paranaenses é a grande responsável pela medida. “Há décadas, o Paraná pratica a boa agropecuária. Somos referência para todo Brasil e ver nosso território livre da vacinação é uma vitória para todos que se dedicam diariamente à lida no campo”, afirmou.
Na prática, ter um território livre da vacinação significa a possibilidade de se avançar no mercado internacional. Para a ministra Tereza Cristina, que tem viajado o mundo abrindo novos mercados ao agro brasileiro, a exigência é muito grande quando se negocia alimentos. “O Brasil ainda não se deu conta da importância que tem no mercado de alimentos. Não podemos perder isso e temos de evoluir com muita responsabilidade e qualidade”, destacou.
O governador do Paraná, Ratinho Júnior, reafirmou a vocação do Estado. “O agronegócio é prioridade. A vocação do Paraná é produzir alimento para o mundo”.
Produtores
O presidente da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Ágide Meneguette, relembrou a luta que resultou na decisão atual do Ministério da Agricultura. “São mais de 50 anos de luta contra a febre aftosa. Esse ato é uma conquista dos produtores e significa muito para a economia do Paraná. Ganhamos a oportunidade de alcançar novos mercados”, disse.
O último caso de febre aftosa registrado no Brasil ocorreu em 2006. Desde então, diversas ações foram feitas para evitar o retorno da doença. Em 2017, o Governo Federal criou um plano de metas para suspender a vacinação em todo território nacional até 2026.
O Paraná é o segundo Estado a se ver livre da obrigação de vacinação contra a febre aftosa. Agora, ele se junta a Santa Catarina e passa a fechar suas fronteiras para rebanhos vacinados em outros estados.