Dados levantados pela ONU, IBGE, FGV e Oxfam Brasil apontaram que a falta de dinheiro para comprar comida atingiu 36,7% dos domicílios no ano de 2018. O país, terceiro maior exportador de alimentos do mundo, ficando atrás dos Estados Unidos e China, ocupa o 82º lugar (entre mais de 150) no ranking do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas em relação à população sem recursos financeiros para se alimentar no período entre 2014 e 2019.
Eleito presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária para o biênio 2021/22, o deputado federal Sergio Souza (MDB-PR) destacou algumas ações que colaboram para reverter esse quadro, entre elas, reduzir os custos de produção do Agronegócio, o que contribui para diminuir o valor dos alimentos para o consumidor final, e dar devidas garantias jurídicas às atividades desse segmento, dialogando, principalmente, com as instâncias que compõem o Poder Judiciário.
“A corrida global por segurança alimentar e preços se deve pela capacidade do Brasil de produzir de forma barata e eficiente, o que assusta a concorrência. Quando a gente produz e entrega no exterior, a gente gera emprego e renda dentro do nosso país, o que reduz as desigualdades e proporciona que o alimento chegue às mesas daqueles que, antes sem trabalho, não tinham condições de colocar comida na mesa de suas famílias”, afirmou o parlamentar paranaense, que toma posse como presidente da FPA em fevereiro.
O Paraná é um dos estados com maior produção de alimentos no Brasil. E 2021 começou muito bem: produtores de batata, por exemplo, já colheram e venderam mais da metade da produção prevista para a primeira safra do produto, apontou o Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária, que compreende o período de 1 a 8 de janeiro. A comercialização do tubérculo está em 240 mil toneladas, o que representa 51% do volume esperado. O estado é o segundo maior produtor de batatas do país (foto abaixo). O boletim apontou, ainda, perspectiva de recuperação do preço da arroba bovina para o produtor.
O atual presidente da FPA, deputado federal Alceu Moreira, também destacou a importância do Agronegócio para a segurança alimentar da população:
“O agro brasileiro vai alimentar 2 bilhões de pessoas em 10 anos, desde que as pautas importantes para o setor sejam aprovadas no Congresso Nacional”, disse.
*Por Patrícia Fahlbusch, com informações complementares do jornal Correio Braziliense e do Governo do Paraná